sexta-feira, 8 de novembro de 2013

El arte nunca es casto, y habría que mantenerlo alejado de todos los ignorantes inocentes. Si la gente no está preparada para él no hay que permitir que se acerque. Sí, el arte es peligroso. Si es casto, entonces no es arte.

Pablo Picasso, 1971.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

The flowers


The flower I. Composição:água, terra, aço, cristal, cacto, cera de abelha entre as partes -  http://flic.kr/p/9qwt5Y

 The flower II. Composição: água, terra, aço, vidro, cacto, casca de ovos de codorna, lítico pré-histórico encontrado no bioma Caatinga do interior da Bahia e cera de abelha "Tetragonisca angustula" entre as partes - http://flic.kr/p/9t4QZR

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Detalhe da "Faceira", escultura de Rodolfo Bernardelli e as "Exéquias de Atalá", quadro de Augusto Rodrigues Duarte. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes , RJ.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hipólito Boaventura Carón

(Resende, RJ, 27 de março de 1862 - Juiz de Fora, MG, 15 de março de 1892)

Pintor e desenhista. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes em 1880, sendo aluno de Georg Grimm e ministrou aulas no Liceu de Artes e Ofícios. Abandonou a vida acadêmica para acompanhar Grimm em seu ateliê ao ar livre, onde realizou diversas pinturas de Niteroi. Em 1885, graças a uma bolsa de estudos, foi estudar arte na França, onde recebeu orientação de Hector Hanoteau. Faleceu prematuramente quando retornou ao Brasil, aos trinta anos de idade, vítima de febre amarela.

 "Praia da Boa Viagem - Niterói", 1884. 50,2 x 75 cm. Óleo sobre tela. Museu Nacional de Belas Artes, RJ. Foto: Joviniano Netto.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Leonel Maciel

(Petatlan, México, 1939)

Pintor. Cursou pintura e escultura no México e participou de diversas exposições internacionais de arte, representando um dos importantes pintores mexicanos da atualidade. Destacam-se as mostras no Museo Nacional de San Carlos (2011), Museo Mural Diego Rivera (2011), Museo de la Ciudad de México (2003), Centro Cultural San Antonio, no Texas (1996), Galeria Irma Valerio, em Zacatecas (1994), Galeria Alberto Misrachi, na Cidade do México (1993, 1995), Museo de Santa Teresa, na Cidade do México (1990), Hospicio Cabañas, em Guadalajara (1990), Casa del Lago, na Cidade do México (1988), Galeria Alan Scott, em Nova York (1986), Museu de Arte Contemporânea, em Morelia (1984, 1996), Galeria Aura, na Cidade do México (1983), Museo Picasso de Antibes, na França (1979), Museo Mexicano de San Francisco (1974), Instituto Francês da América Latina, na Cidade do México (1972), Galeria Segrí, em Nova York (1972), "Art-Expo", em Nova York, dentre outras.
Possui trabalhos no acervo permanente de diversos museus, merecendo destaque: Museu de Arte Contemporânea de Manágua (Nicarágua), Museu de Arte Moderna de Reykjavik (Islândia), Museu de Arte de Havana (Cuba) e Museu de Arte Moderna da Cidade do México. 

Sem título, 1970. Óleo sobre tela, 40 x 60 cm.
Coleção Joviniano Netto. Brasil.
Foto: Joviniano Netto

sábado, 13 de abril de 2013

Um estudo sobre Picasso

Como acontecem com supostos trabalhos de Pablo Picasso que têm aparecido mundo adentro, há a alternativa de solicitar autenticação aos herdeiros do pintor, exclusivamente via postal, sem precisar, no entanto, que especialistas vejam os trabalhos in loco, fotografe-os e façam as devidas análises químicas e espectroscópicas antes de darem o parecer.
Adquiri uma pintura sobre papel provavelmente produzida na época em que Picasso fez muitas cerâmicas e linóleos (década de 1950), vendida como "assinatura ilegível". Como a compra foi feita pela Internet, e optei pela transparência, resolvi comunicar ao vendedor que, por sua vez, esclareceu que a obra estava dentro de uma antiga revista Cruzeiro que ele havia comprado.
Dito e feito, ao abrir a correspondência com o parecer, que quase não recebi, pois escreveram meu endereço de maneira errada, postada no Museu do Louvre, com a opinião do Sr. Claude Picasso dizendo que a pintura e a assinatura "não haviam sido feitas pelas mãos de seu pai, Pablo Picasso". A atual equipe do Sr. Claude encarregada pela confecção de certificados levou alguns meses para responder à solicitação. E só o fez após eu publicar foto de uma colagem com a referida obra numa rede social e "marcar" o Museu Picasso de Málaga. Antes disto, via e-mail, uma funcionária me informou que o trabalho não constava nas referências sobre o pintor e que devido a isto poderia não ser de sua autoria. Ora, identifiquei a figura retratada num dos trabalhos de Damian Elwes, pintor inglês que desenvolveu estudos e obras retratando os ateliês de Picasso. Assim, se a figura não constava nas referências, que passe então a constar. Observe a foto do trabalho de Elwes no canto inferior esquerdo e compare com a fotografia da obra abaixo. A assinatura de Picasso é uma arte à parte!
Esperar pela manifestação de funcionários de instituições de grande porte é algo demorado. Daí a importância da paciência para quem é colecionador e deseja documentos relacionados à obra. Picasso é Picasso. Sabe-se que ele se irritava quando pessoas pediam que assinasse trabalhos. Já chegou a encher um desenho de assinaturas numa dessas ocasiões.
Não desperdiço prego na parede com obra falsa e não gosto de falsificações. Assim, a colagem com a obra, dedicada e presenteada a uma amiga, resultou numa serigrafia que guardarei como memorial de um estudo denso, divertido e cheio de descobertas sobre o pintor na época em que eu morava em São Carlos. Joan Miró dizia que "mais que a própria arte, o que conta é o que ela faz exalar na atmosfera, o que ela propaga. Pouco importa que a obra seja destruída. A arte pode morrer, mas o que fica é o que ela deixou germinar sobre a terra". Cobri a assinatura com carvão vegetal e agora a obra é um trabalho de minha autoria.
Picasso foi um pintor muito diverso, com produção vasta. Provavelmente o maior pintor do século XX. Produziu cerâmicas, colagens, fotografias, esculturas, dentre outras técnicas. Uma de suas assinaturas legíveis circula pelas ruas do Brasil estampada em carros. Tornou-se marca e se compararmos as assinaturas das obras de Picasso que estão em acervos de museus, a versão legível é uma exceção.
 
"Picasso's Studio", Damian Elwes, 2007.
Foto: Damian Elwes. 
Trabalho atribuído a Picasso. Foto: Joviniano Netto.


"Estudo sobre Pablo Picasso I".
Pastel seco, pastel oleoso, carvão vegetal, tinta de imprensa, fotografias recortadas, guache, colagem sobre papel.
Coleção Ester Stramantino.
"Estudo sobre Picasso V", 2013. Pastel, tinta de imprensa e colagem sobre papel.
Coleção particular (Brasil).
Assista ao vídeo com o trabalho em alta resolução no link abaixo:




 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Benedito Calixto de Jesus


 
Página do livro-catálogo "Antiquários do Interior de São Paulo", editado em 2013 (310 pág.). A obra acima compõe uma coleção particular e foi apresentada à Fundação Pró-Memória de São Carlos, encontrando-se em processo de aquisição.

Óleo sobre madeira (tampa de compoteira). Obra atribuída por comparação, s.d. Sem assinatura. Coleção privada.
Foto: Joviniano Netto.






Pinturas de Benedito Calixto de Jesus do acervo da Fundação Pró-Memória de São Carlos.
Fotos: Joviniano Netto.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Hermelindo Fiaminghi

(São Paulo, 22 de outubro de 1922 - São Paulo, 29 de junho de 2004)

Pintor, desenhista, gravador, publicitário. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo entre 1936 e 1941, onde conviveu com Lothar Charoux e Waldemar da Costa. Frequentou o ateliê de Alfredo Volpi entre 1959 e 1966 e integrou o Grupo Ruptura. Produziu obras usando esmalte sobre eucatex, papel e têmpera. Em 1963 fundou a Galeria Novas Tendências em São Paulo e mais tarde, em 1969, criou o Ateliê Livre de Artes Plásticas em São José dos Campos.

 Foto: autoria desconhecida.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pedro Alexandrino

(São Paulo, 26 de novembro de 1856 - São Paulo, 19 de julho de 1946)

Pintor, desenhista, decorador, professor. Ingressou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1887, recebendo orientação de Almeida Junior, especializando-se na pintura de naturezas-mortas. Viveu nove anos em Paris por acasião do recebimento de pensão do governo do Estado de São Paulo para estudar. Dentre as diversas importantes exposições que realizou, destacam-se as de Paris, Baden-Baden, Versalhes e Monte Carlo, sendo homenageado com os títulos de "Oficier de l'Academie de Paris" e acadêmico de mérito em Gênova. Recebeu também a ordem da Coroa da Itália em 1936. Foi professor particular de pintura de Anita Malfati, Aldo Bonadei, Tarsila do Amaral, dentre outros.

 "Peru depenado", 1903. Óleo sobre tela. Coleção da Pinacoteca do Estado.
Foto: Joviniano Netto.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Paulo Monteiro

(São Paulo, 1961)

Desenhista, pintor, escultor, gravador. Estudou gravura com Sérgio Fingermann e em 1983 fundou o grupo Casa 7. Em grande parte de sua obra, Paulo Monteiro privilegia a abstração, a pintura gestual e o desenho contemporâneo. Seus trabalhos já percorreram diversos países, recebendo prêmios e reconhecimento. Participou, dentre outras, da mostra Brasil La Nova Gerácion, no Museu de Belas Artes de Caracas (1991), da IV Bienal de Arte de Santos (1992), onde foi premiado, da XVIII Bienal de Arte de São Paulo e da mostra de Desenho Contemporâneo Brasileiro, Karmeliterkloster, Frankfurt (1994).

 Sem título, 2012. Óleo sobre tela. 250 x 200 cm. Coleção privada.
Foto: D. Musa.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Milton Rodrigues da Costa

(Niteroi, RJ, 18 de outubro de 1915 - Rio de Janeiro, RJ, 4 de setembro de 1988)

Desenhista, pintor, ilustrador, gravador. A obra de Milton Dacosta é ampla e diversa. Seus primeiros trabalhos retratam paisagens num peculiar estilo figurativo, revelando paisagens e cenários brasileiros. A partir de 1941 passou a desenvolver obras com formas geométricas e figuras humanas inspiradas no Cubismo. Na década de 1950 realizou trabalhos abstrato-geométricos, concretos e neoconcretos.  Entre 1933 e 1955 expôs no Salão Nacional de Belas Artes e ganhou o prêmio de viagem ao estrangeiro em 1944 com a obra "Cena de atelier". O período mais produtivo de Milton Dacosta foi a década de 1950, quando, na ocasião da I Bienal de Arte de São Paulo em 1951, mostrou seu trabalho e agradou a crítica da época.

 Figura humana, s. d. Óleo sobre tela. Coleção privada.
Foto: autoria desconhecida.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Maria Campos

(Belo Vale, MG, 28 de julho de 1940)

Pintora, desenhista. Iniciou estudos em pintura com Guignard em 1955, frequentando a Escola do Parque Municipal de Belo Horizonte. A partir de 1956 passou a estudar pintura com professores particulares e desenvolveu um estilo próprio dotado de um realismo ecológico transcendente. Maria Campos realizou estudos e cursos nos Estados Unidos e trabalhou intensamente no registro das paisagens do Rio de Janeiro, Minas Gerais e de outros estados brasileiros.

A importância que Maria Campos dá à flora, à fauna e aos demais aspectos da natureza é refletida na maioria de suas obras, evidenciando sua conotação ecológica e ambiental. A preocupação com a poluição e a defesa das florestas faz com que os trabalhos de Maria Campos sejam apreciados em todo o mundo, recebendo diversas premiações pela sua contribuição no campo das artes plásticas.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Johann Moritz Rugendas

(Augsburg, Alemanha, 29 de março de 1802 - Wilheim an der Tek, Alemanha, 29 de maio de 1858)

Desenhista, aquarelista, pintor. Entre 1822 e 1825 empreendeu viagens pelo interior do Brasil, anotando e registrando em belos desenhos, características geográficas e culturais de índios e outros povos das Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo e Bahia. Descendente de família de pintores, Rugendas iniciou seus estudos com o pai, diretor de uma escola de desenho em Augsburg. Retornando à Europa, publicou em Paris 100 de seus trabalhos que retratam o Brasil numa "Voyage pittoresque au Brésil", título da edição litografada por Engelmann com texto escrito em alemão e francês, um genuíno retrato de uma época em que o Brasil ainda estava sendo "descoberto". De volta ao Brasil em 1845, onde permaneceu por um ano, recebeu várias premiações e reconhecimento pelo seu trabalho.

 Desenhos a carvão.
Foto: autoria desconhecida.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mavi Veloso

(8 de junho de 1985)

Artista plástico e performático, desenhista, escultor. Formou-se em Artes Visuais na Universidade Estadual de Londrina em 2009. Durante a graduação tive o privilégio de frequentar o Departamento de Artes da UEL e manusear alguns de seus trabalhos. Conheci um pouco do processo criativo deste artista multifacetado e desde então passei a admirá-lo. Mavi Veloso é um artista da contemporaneidade e sua arte é dotada de sensibilidade, destreza e identidade. Usa materiais diversos na confecção de seus trabalhos, valoriza a espontaneidade e a interação com o público em suas performances. Frequentemente participa de residências artísticas, onde cria a partir do convívio com outros artistas.


Retrato de J. Netto, 2005. Tinta de escrever sobre papel. 10 x 15 cm.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Siron Franco

(Goiás, 25 de julho de 1947)

Artista plástico, desenhista, pintor, escultor. Seu trabalho chama a atenção pela originalidade dos símbolos e pela força com que os mitos e cenas retratados atraem o espectador. A obra de Siron Franco é dotada de natureza humana, capaz de exprimir preocupações sociais, ambientais e um universo rico em sonhos. Dentre as diversas exposições que participou, muitas com premiações, cabe destacar a XVIII Bienal de Havana (2003), a Mostra do Redescobrimento Brasil 500 Anos (2000) e Exposição Brasil Cerrado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2012).

 Óleo sobre tela. 89 x 89 cm.
Foto: Joviniano Netto.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Oswaldo Goeldi

(Rio de Janeiro, RJ, 31 de outubro de 1895 - Rio de Janeiro, RJ, 16 de fevereiro de 1961)

Desenhista, pintor, gravador, professor. Filho do naturalista suíço Emílio Augusto Goeldi, Oswaldo morou em Belém quando criança, enquanto seu pai organizava o Museu do Pará. Em 1915 cursou a Escola Poitécnica de Zurique e nos anos seguintes passou a estudar na École des Arts et Métiers, aperfeiçoando-se no desenho. Frequentou o ateliê de Serge Plahnke e Henri van Muyaen, ralizando sua primeira exposição em Berna na galeria Wyss em 1917.

De volta ao Brasil em 1919, expôs no Liceu de Artes e Ofícios em 1921 e em 1930 expôs em Berna, Zurique e Berlim ao lado de Matisse, Utrillo e Leo Long. A partir de 1931 passou a dedicar-se exclusivamente à gravura, ilustrando diversos livros e catálogos. Foi professor de gravura na antiga Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro até 1961, ano de seu falecimento.

Oswaldo Goeldi dizia que "é só saber ler um desenho para tudo ver e compreender". Sobre alguns de seus trabalhos, de acordo com Quirino Campofiorito, amigo de Goeldi e crítico de arte, "suas texturas de carvão ou de lápis, dotadas por vezes de uma suave aguada, são de  uma riqueza plástica em que a surpresa vai delineando personagens e acessórios numa composição de confortante naturalidade, isto é, sem arranjos ou afetações previamente condicionados. Para a revista 'Clima' destina a série xilogravada que denominou 'Balada da noite' (1944). Nessa sequência é a fantasia macabra do artista que sabe estimular em sua intimidade vivências multiformes, trágicas ou poéticas, mas esplendidamente transpostas para a concepção plástica. A tarefa do ilustrador se amplia e universaliza a partir do convite feito por seu amigo e admirador José Olympio para ilustrar os livros de sua editora. Em toda a longa e densa carreira de Goeldi, a pintura nunca constituiu sedução capaz de demover o gráfico de sua linguagem original. Ao desenho, mas sempre com moderação, acrescenta por vezes alguma cor, em aguada palidamente registrada. Jamais se empolga pela cor como efeito total, predominando sobre a expressão do preto. Igual disciplina destina à xilogravura, embora nesta ouse empregar carajosos gritos de cor em contraste com o silêncio da estrutura negra ou castanho escuro. A cor se apresenta, então, como uma presença simbólica no contexto noturno da gravura. Será sempre o negro, ou seja, o escuro decidido, envolvente, que lhe assegura o trágico curso do sentimento." (Revista do Brasil, p. 38, ano 1 - nº. 1 / 1984).

 Céu escuro, s.d. Foto: autoria desconhecida.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Livio Abramo

(Araraquara, SP, 1903 - Assunção, Paraguai, 1992)

Desenhista, gravador, pintor, professor. Autodidata, fez suas primeiras gravuras em 1926, retratando questões sociais num expressionismo único caracterizado por diversas fases. Realizou séries de xilogravuras e desenhos, ilustrando vários livros no Brasil. Recebeu prêmio de melhor gravador nacional e participou de várias bienais de arte no Brasil e no exterior. Dentre os seus alunos destacam-se Hans Grudzinski, Maria Bonomi, Antonio Henrique Amaral etc. Dirigiu o ateliê de gravura da missão cultural Brasil-Paraguai em 1962. Livio Abramo é uma das maiores referências nacionais no desenho e na gravura.

 Paraguay, Itangua, 1976. Nanquim s/ papel. 50 x 70 cm. Coleção privada.
Foto: autoria desconhecida.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Clóvis Graciano

(Araras, SP, 29 de janeiro de 1907 - São Paulo, SP, 29 de junho de 1988)

Desenhista, pintor, gravador, ilustrador. Iniciou sua carreira artística em 1927 como pintor ambulante, pintando postes, tabuletas, letreiros, porcelanas e carros da Estrada de Ferro Sorocabana, em Conchas, interior de São Paulo. Desde 1930 interessou-se pelas tendências da pintura moderna e passou a produzir como pintor autodidata.

Frequentou o ateliê do pintor Valdemar da Costa e cursos livres na Escola Paulista de Belas Artes, recusando-se a ter a orientação dos professores. Naquela época tornou-se integrante do Grupo Santa Helena, exercendo forte influência no meio artístico paulista. Conquistou o prêmio de viagem ao exterior em 1948, indo estudar na Europa em 1949 e retornando ao Brasil em 1951.

A partir de 1950 passou a se dedicar com exclusividade à pintura de grandes paineis e murais sobre a história paulista em São Paulo e outras cidades. Conviveu com Portinari e Alfredo Volpi, mantendo-se fiel ao figurativismo durante toda sua vida. Em 1971 foi diretor da Pinacoteca do Estado e presidente da Comissão Estadual de Artes Plásticas e do Conselho Estadual de Cultura.

Mural, s.d. Foto: autoria desconhecida.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Paulo Vergueiro Lopes de Leão

(São Paulo, SP, 31 de agosto de 1889 - São Paulo, SP, 1964)

Pintor, gravador, professor. Estudou em Florença como pensionista do governo do Estado de São Paulo em 1913 e entre 1920 e 1921 estudou em Paris, retornando ao brasil em 1924. Foi um dos membros fundadores da Sociedade Paulista de Belas Artes e presidente do sindicato dos pintores deste Estado em 1936. Foi diretor da Escola de Belas Artes e da Pinacoteca do Estado em 1939, participou de diversas exposições no Brasil e no exterior como pintor oficial. Sua obra retrata tema histórico ou alegórico e excelentes paisagens.

Paisagem. Foto: autoria desconhecida.
 Paisagem. Foto: autoria desconhecida.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Clodomiro Amazonas

(Taubaté, SP, 1893 - São Paulo, SP, 1953)

Pintor, desenhista, ilustrador, paisagista, restaurador. Iniciou sua carreira de pintor aos dezesseis anos, restaurando pinturas do convento Santa Clara em sua cidade natal. Filiou-se à Escola de Batista da Costa e em 1912 realizou uma exposição individual em São Paulo no Salão Radium. Obteve, dentre outros prêmios, a medalha de Prata no I Salão Paulista de Belas Artes em 1938, sendo um de seus idealizadores, e o prêmio da Prefeitura de São Paulo em 1939. As paisagens são temas predominantes em sua obra.

Ipês amarelos, s.d. Óleo sobre madeira. Foto: autoria desconhecida.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Menote Cordeiro

(Janaúba, MG, 10 de junho)

Artista plástico, desenhista. As obras de Menote Cordeiro são repletas de poesia e um convite à apreciação. Artista mineiro autodidata, usa recursos tecnológicos e a computação como instrumentos para a composição de alguns de seus trabalhos atuais, construindo uma linguagem afetiva que dialoga com o observador. A natureza, a música, a dança e os orixás são temas frequentes em seus trabalhos.

"Jorge e seu Dragão", 2003.
Foto: Menote Cordeiro.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eduardo Faria


Artista plástico, desenhista. Eduardo Faria é um artista inventivo. Com formação em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Londrina, sua produção permeia por diversos temas e aborda cenas do dia-a-dia, o corpo e a dualidade humana.

Em 2005 folheei dois de seus cadernos e alguns blocos contendo dezenas de pequenos desenhos de observação, grande parte feitos no campus da universidade, local de movimentos populares, possibilidades de intercâmbio, algo que acontecia frequentemente e que servia como chamariz para a atividade artística. Tais desenhos, especialmente os feitos ao ar livre e que transparecem aquela efervescência cultural, apesar de não caracterizarem uma prática nova, revelam uma força criativa e inspiradora do artista.

 Eduardo Faria, 2005. "Te espero". Nanquim sobre papel. 20 x 14 cm.
Coleção Joviniano Netto.
Foto: Joviniano Netto.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Maria de Lourdes Souza Indelicato

(Paraíba, 1920)

Pintora, desenhista, artista plástica. As telas de Lourdes Indelicato são um valioso registro da cultura da Paraíba e do Nordeste. Pintora naïf internacionalmente reconhecida, teve trabalhos expostos em grandes museus do mundo e suas obras integram acervos como, por exemplo, os do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu do Folclore de São Paulo, Museu de Arte de Taubaté, dentre outros. Seus trabalhos, no mercado de arte, foram vendidos em importantes instituições, entre estas, o Instituto de Artes de Detroit. O figurativismo da obra de Lourdes Indelicato impressiona pela delicadeza dos detalhes, pela transparência das rendas e vestimentas dos personagens retratados, pela composição harmônica  das formas e pelo uso de cores puras. Expostos com iluminação correta, suas pinturas ganham uma tridimensionalidade capaz de confundir o olhar e transportar o espectador para o campo onírico.

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba. Óleo sobre tela. 50 x 60 cm.
Coleção Áurea Correia Santana.


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

  Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

 Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe).
Fotos: Joviniano Netto.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Paul Jackson Pollock

(Cody, Wyoming, EUA, 28 de janeiro de 1912 - Springs, EUA, 11 de agosto de 1956).

Pintor. Em 1925 matriculou-se na Manual Art School de Los Angeles e em 1929 passou a estudar no ateliê de Thomas Hart Benton, pintor folclórico de Nova York. Devido a isso descobriu a técnica de pintura em areia de afrescos dos índios mexicanos. Até então, sua inspiração no desenho vinha dos mestres do barroco europeu.

 

 Jackson Pollock executando uma de suas obras. Fotos: autoria desconhecida.

A partir de 1936 passou a pintar telas expressionistas, participando do Federal Arts Project. A partir de 1940 desenvolveu trabalhos mitológicos, tendo sido influenciado também por Picasso e desenvolvendo obras onde as formas deslocam-se no espaço. Desenvolveu processos criativos originais ao pintar grandes telas nas paredes e no chão, formando imensos emaranhados de linhas e pingos com espessuras variadas que sugerem movimentos rápidos e violentos do artista. Pintou diversas telas em preto e branco entre 1950 e 1952 e foi o criador da action painting.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Ester Stramantino

Artista plástica, desenhista, pintora. Frequentou aulas e cursos no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e possui produção artística com técnicas e materiais diversos. A série de desenhos em papel feitos com pastel seco nos últimos anos nos motiva a constatar que o cotidiano serve de inspiração para seus registros. Tais desenhos sugerem uma reflexão sobre temas importantes das paisagens do interior paulista, com destaque para personagens rurais como a mulher que colhe melancias, o adestramento de cavalos, propriedades rurais e questões sociais.

Auto-retrato, s.d. Óleo sobre madeira. Coleção privada.
Foto: Joviniano Netto.

sábado, 26 de janeiro de 2013

A "invisibilidade" de São Carlos

Vivências no campo experiencial (imediato) e imaginário (mediato) podem possibilitar a descoberta de infinitos lugares, frequentemente invisíveis e distintos. A cidade de São Carlos, como qualquer outra, possui uma alma que deve ser desvendada aos poucos.
São Carlos localiza-se no centro do Estado de São Paulo, guarda peculiaridades da época em que era "boca de sertão", e continua surpreendendo com suas construções antigas próximas da estação ferroviária, os hotéis que na época eram de alta rotatividade e até mesmo com o apito dos trens de carga que passam de hora em hora pela cidade.

Luz do trem. Foto: Joviniano Netto

 Paisagem de São Carlos. Foto: Joviniano Netto

Enquanto eu fotografava flores no chão, caídas de paineiras, bem longe via um gari se preparando para varrê-las. Fui na direção dele para iniciar um dedo de prosa e conhecer um pouco sobre o seu olhar acerca da cidade. Comentei que no ano passado a florada havia sido maior e que seria um sacrilégio tirar o tapete de flores dali naquele momento, enquanto elas ainda estavam frescas e brilhantes.

 
Foto: Joviniano Netto.

Feliz da vida, Lucas (nome do gari) reclamou da vassoura e justificou que era preciso varrer a calçada, pois se chovesse, ficaria escorregadia e poderia causar um acidente. Não seria nada legal alguém quebrar o braço ou a perna ao cair na calçada da margem direita do córrego do Gregório (rio que passa em frente ao Parque da Chaminé, ao Mercado Municipal e ao SESC.
 
Enquanto varria, Lucas começou a descrever a função das praças de São Carlos onde já trabalhou e a importância do acesso das pessoas às fontes, árvores, plantas, bancos e vias públicas. Função esta que vem sendo transferida para (não)lugares como shopping centers e postos de gasolina, locais onde se reúnem pessoas em busca de diversão, cerveja e som alto.

Por um momento cheguei a imaginar que não vivíamos na mesma cidade. De fato, não vivemos. Cada pessoa possui uma cidade particular dentro de si, subjetiva e configurada em seu campo existencial. Se na cidade objetiva a forma pode ser captada por todos, na subjetiva quase nunca isso é possível; isso remeteu ao livro de autoria de Ítalo Calvino, "As cidades invisíveis", leitura muito interessante por sinal.

 
Parque da Chaminé sem iluminação durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

 Parque da Chaminé durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

Catedral de São Carlos Borromeu sem iluminação durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

 Catedral São Carlos Borromeu durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto



As "cidades invisíveis" revelam ligações entre o real e o imaginário, e no caso de uma observação mais aprofundada, apreendê-las exige o uso da Fenomenologia como suporte. Lucas e centenas de anônimos que vivem em São Carlos seriam um prato cheio para uma pesquisa antropológica e geográfica. Para aproveitar São Carlos é preciso enxergá-la e (des)velá-la. Tudo é uma questão de percepção.

Paineira 2010, 2011, 2012 e 2013. Fotos: Joviniano Netto.

Fotos: Joviniano Netto.