terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Maria de Lourdes Souza Indelicato

(Paraíba, 1920)

Pintora, desenhista, artista plástica. As telas de Lourdes Indelicato são um valioso registro da cultura da Paraíba e do Nordeste. Pintora naïf internacionalmente reconhecida, teve trabalhos expostos em grandes museus do mundo e suas obras integram acervos como, por exemplo, os do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu do Folclore de São Paulo, Museu de Arte de Taubaté, dentre outros. Seus trabalhos, no mercado de arte, foram vendidos em importantes instituições, entre estas, o Instituto de Artes de Detroit. O figurativismo da obra de Lourdes Indelicato impressiona pela delicadeza dos detalhes, pela transparência das rendas e vestimentas dos personagens retratados, pela composição harmônica  das formas e pelo uso de cores puras. Expostos com iluminação correta, suas pinturas ganham uma tridimensionalidade capaz de confundir o olhar e transportar o espectador para o campo onírico.

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba. Óleo sobre tela. 50 x 60 cm.
Coleção Áurea Correia Santana.


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

  Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

 Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)


Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe)

Lourdes Indelicato, 1984. As cesteiras da Paraíba (detalhe).
Fotos: Joviniano Netto.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Paul Jackson Pollock

(Cody, Wyoming, EUA, 28 de janeiro de 1912 - Springs, EUA, 11 de agosto de 1956).

Pintor. Em 1925 matriculou-se na Manual Art School de Los Angeles e em 1929 passou a estudar no ateliê de Thomas Hart Benton, pintor folclórico de Nova York. Devido a isso descobriu a técnica de pintura em areia de afrescos dos índios mexicanos. Até então, sua inspiração no desenho vinha dos mestres do barroco europeu.

 

 Jackson Pollock executando uma de suas obras. Fotos: autoria desconhecida.

A partir de 1936 passou a pintar telas expressionistas, participando do Federal Arts Project. A partir de 1940 desenvolveu trabalhos mitológicos, tendo sido influenciado também por Picasso e desenvolvendo obras onde as formas deslocam-se no espaço. Desenvolveu processos criativos originais ao pintar grandes telas nas paredes e no chão, formando imensos emaranhados de linhas e pingos com espessuras variadas que sugerem movimentos rápidos e violentos do artista. Pintou diversas telas em preto e branco entre 1950 e 1952 e foi o criador da action painting.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Ester Stramantino

Artista plástica, desenhista, pintora. Frequentou aulas e cursos no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e possui produção artística com técnicas e materiais diversos. A série de desenhos em papel feitos com pastel seco nos últimos anos nos motiva a constatar que o cotidiano serve de inspiração para seus registros. Tais desenhos sugerem uma reflexão sobre temas importantes das paisagens do interior paulista, com destaque para personagens rurais como a mulher que colhe melancias, o adestramento de cavalos, propriedades rurais e questões sociais.

Auto-retrato, s.d. Óleo sobre madeira. Coleção privada.
Foto: Joviniano Netto.

sábado, 26 de janeiro de 2013

A "invisibilidade" de São Carlos

Vivências no campo experiencial (imediato) e imaginário (mediato) podem possibilitar a descoberta de infinitos lugares, frequentemente invisíveis e distintos. A cidade de São Carlos, como qualquer outra, possui uma alma que deve ser desvendada aos poucos.
São Carlos localiza-se no centro do Estado de São Paulo, guarda peculiaridades da época em que era "boca de sertão", e continua surpreendendo com suas construções antigas próximas da estação ferroviária, os hotéis que na época eram de alta rotatividade e até mesmo com o apito dos trens de carga que passam de hora em hora pela cidade.

Luz do trem. Foto: Joviniano Netto

 Paisagem de São Carlos. Foto: Joviniano Netto

Enquanto eu fotografava flores no chão, caídas de paineiras, bem longe via um gari se preparando para varrê-las. Fui na direção dele para iniciar um dedo de prosa e conhecer um pouco sobre o seu olhar acerca da cidade. Comentei que no ano passado a florada havia sido maior e que seria um sacrilégio tirar o tapete de flores dali naquele momento, enquanto elas ainda estavam frescas e brilhantes.

 
Foto: Joviniano Netto.

Feliz da vida, Lucas (nome do gari) reclamou da vassoura e justificou que era preciso varrer a calçada, pois se chovesse, ficaria escorregadia e poderia causar um acidente. Não seria nada legal alguém quebrar o braço ou a perna ao cair na calçada da margem direita do córrego do Gregório (rio que passa em frente ao Parque da Chaminé, ao Mercado Municipal e ao SESC.
 
Enquanto varria, Lucas começou a descrever a função das praças de São Carlos onde já trabalhou e a importância do acesso das pessoas às fontes, árvores, plantas, bancos e vias públicas. Função esta que vem sendo transferida para (não)lugares como shopping centers e postos de gasolina, locais onde se reúnem pessoas em busca de diversão, cerveja e som alto.

Por um momento cheguei a imaginar que não vivíamos na mesma cidade. De fato, não vivemos. Cada pessoa possui uma cidade particular dentro de si, subjetiva e configurada em seu campo existencial. Se na cidade objetiva a forma pode ser captada por todos, na subjetiva quase nunca isso é possível; isso remeteu ao livro de autoria de Ítalo Calvino, "As cidades invisíveis", leitura muito interessante por sinal.

 
Parque da Chaminé sem iluminação durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

 Parque da Chaminé durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

Catedral de São Carlos Borromeu sem iluminação durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto

 Catedral São Carlos Borromeu durante a Earth Hour. Foto: Joviniano Netto



As "cidades invisíveis" revelam ligações entre o real e o imaginário, e no caso de uma observação mais aprofundada, apreendê-las exige o uso da Fenomenologia como suporte. Lucas e centenas de anônimos que vivem em São Carlos seriam um prato cheio para uma pesquisa antropológica e geográfica. Para aproveitar São Carlos é preciso enxergá-la e (des)velá-la. Tudo é uma questão de percepção.

Paineira 2010, 2011, 2012 e 2013. Fotos: Joviniano Netto.

Fotos: Joviniano Netto.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ed Ribeiro: pintor contemporâneo da mitologia dos orixás

(Catu, BA, 4 de novembro de 1952)

Artista plástico, pintor. É possível contar a história de um povo ou de uma nação tendo como ponto de partida a arte, com suas facetas históricas, geográficas, políticas, culturais, religiosas e antropológicas. Neste sentido, e no contexto da arte contemporânea brasileira, merecidamente destaca-se a produção artística de Ed Ribeiro, artista plástico que criou a partir da inovação do "dripping" (técnica de Max Ernst desenvolvida por Jackson Pollock que consiste no respingamento de tintas sobre telas) a técnica "derramamento de tintas", dando formas a obras que ilustram a mitologia dos orixás e outros temas da cultura brasileira. Os trabalhos de Ed Ribeiro categorizados como "orixás" extrapolam o campo místico e nos revelam uma beleza incomum. Tratam do Candomblé, religião afro-brasileira de origem totêmica com cultos a orixás e à Natureza, ainda pouco conhecida por grande parte da população. O artista possui um museu-ateliê em São Sebastião do Passé (BA) chamado Museu Ed Ribeiro, composto por rico acervo de artes e antiguidades.


Ossaim. Óleo sobre tela de Ed Ribeiro. Foto: Ed Ribeiro.

 Iemanjá. Óleo sobre tela de Ed Ribeiro. Foto: Ed Ribeiro.

 
Xangô. Óleo sobre tela de Ed Ribeiro. Foto: Ed Ribeiro.

Iansã. Óleo sobre tela de Ed Ribeiro. Foto: Ed Ribeiro

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Antônio Henrique Amaral

(São Paulo, SP, 1935)

Pintor, desenhista, gravador. Expressionista, desenvolveu trabalhos com temática social agressiva. A série desenvolvida a partir da década de 1960, denominada "Bananas", é uma aproximação com o Tropicalismo. As bananas despedaçadas ou deformadas são metáforas contra o regime militar.

Sem título, 1971. Litogravura. 48 x 66 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.

Banana. Foto: autoria desconhecida.

Bambu, s. d. Litogravura. 60 x 90 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.

Abril, 2011. Pintura sobre tela. 130 x 170 cm. Coleção privada. Foto: divulgação no site do artista.

Fevereiro, 2011. Pintura sobre tela. 90 x 120 cm. Coleção privada. Foto: divulgação no site do artista.

Ao telefone, 1998. Pastel oleoso sobre papel. 48,5 x 70,5 cm. Coleção privada. Foto: divulgação no site do artista.

Antes, durante e depois, 1999. Técnica mista sobre papel. 30,5 x 45 cm. Coleção privada. Foto: divulgação no site do artista.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Antonio Dias

(Campina Grande, PB, 1944)

Pintor, desenhista, artista plástico. Ainda criança, aprendeu técnicas de desenho e pintura com o avô. Um dos grandes nomes das artes plásticas brasileiras. Trabalhou como desenhista gráfico e arquiteto, participando de filmes, aprimorando-se na fabricação de papel artesanal e pigmentos naturais no Oriente.


Programação para um assassinato, 1964. Tecido estofado, madeira, pigmentos metálicos, vinil sobre tela e aglomerado. 125 x 122 x 15 cm. Coleção privada. Foto: Vicente de Mello/ Divulgação no site do artista.

Resina sintética, gesso e pano sobre madeira, 1964. 61 x 50 x 6 cm. Coleção privada. Foto: divulgação no site do artista.

Nota sobre a morte imprevista, 1965. 195 x 176 cm. Coleção privada. Foto: Vicente de Mello/ Divulgação no site do artista.

Duelo, 1976. Bronze pintado. Coleção privada. Foto: Roberto Cecato/ Divulgação no site do artista.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Anna Maria Maiolino

(Calábria, Itália, 1942)

Pintora, escultora, gravadora, artista plástica. Quando chegou ao Brasil em 1960 dedicou-se à xilogravura e na década seguinda, ao desenho e à pintura como maneiras de reflexão. A partir do final da década de 1980 incorpocou a argila  e o gesso em sua criação artística.

Arroz e feijão. 29ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, 2010. Foto: Joviniano Netto.

Arroz e feijão. 29ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, 2010. Foto: Joviniano Netto.

Instalação, s. d. Cerâmica. Foto: autoria desconhecida.

Instalação "Among Many", 2005. Pinacoteca do Estado de SP. Foto: Isabella Matheus.

Sem título, 1995. Acrílica sobre tela. 75 x 109 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.

Sem título, 1984. Nanquim sobre papel. 114 x 76 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Anna Letycia Quadros

(Teresópolis, RJ, 1929)

Pintora, gravadora, professora. Participou da criação do Grupo Frente na década de 1950 e dedicou-se de maneira especial à gravura. Lecionou gravura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Pintou cenários teatrais e adereços para escolas de samba. Atualmente vive no Rio de Janeiro.

Sem título, 1970. Gravura. 65 x 46 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.

Composição I. Serigrafia. 72 x 80 cm. Coleção privada. Foto: autoria desconhecida.











domingo, 20 de janeiro de 2013

Anna Bella Geiger

(Rio de Janeiro, RJ, 1933)

Pintora, escultora, gravadora, artista multimídia. É uma mulher apaixonada pela Geografia, investigando e explorando o espaço vivido e o lugar do homem num mundo cheio de signos e significados.

Fotografia, s. d. Foto: Autoria desconhecida.

Fotogravura em metal. Coleção privada. Foto: Autoria desconhecida.

Gravura. Foto: Autoria desconhecida.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Anatol Wladyslaw

(Varsóvia, Polônia, 1913 - São Paulo, SP, 2004)

Pintor, desenhista, gravador. Engenheiro, estudou com Lucy Citti Ferreira, Yolanda Mohalyi e Sansor Flexor. Sua produção na década de 1950 é abstrato-geométrica e na década de 1960 desenvolveu figuração de caráter expressionista. Retratou silhuetas de animais e figuras humanas. Integrou o Grupo Ruptura.

Alegoria, 1984. Óleo sobre tela. 110 x 90 cm. Coleção privada. Foto: Autoria desconhecida.

Desenho. Coleção privada. Foto: Autoria desconhecida.

 Pintura. Coleção privada. Foto: Autoria desconhecida.

Nanquim sobre papel, s. d. Foto: Autoria desconhecida.