terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Portinari FALSO: uma errata sobre o que tentei autenticar

Há mais de uma década, num quarto imundo de um antiquário onde trabalhei com afinco em São Carlos (SP), quando ainda se situava na Rua Larga, descobri uma pintura com assinatura de Portinari no canto inferior direito. Tratava-se de uma pintura feita com óleo espatulado sobre madeira e que, só recentemente, com ajuda de especialistas do Brasil e de Portugal, descobri se tratar de uma autêntica obra falsa do grande pintor brasileiro. Sem ajuda do Projeto Portinari, um dos melhores já vistos na Internet, que tem como presidente João Candido Portinari, filho do pintor, chego à seguinte conclusão, também pedindo desculpas pelo engano e por ter passado tanta informação na rede:

Eu fui aprovado em concurso público para Educador do Museu Casa de Portinari em Brodowski em vigésimo nono lugar, sendo que foram mais de quinhentas pessoas concorrendo a uma vaga, e nesta última publicação do ano, teço comentários sobre o trabalho que encontrei e também sobre minha emoção de encontrar algo que sugeria ser uma obra autêntica, já que imediatamente a dona me disse que se eu conseguisse o certificado teria 20% do valor de venda.

O trabalho, após serem analisadas amostras de tinta no Instituto de Química da Universidade de São Paulo, sob a companhia do doutor Emerson Finco Marques (a quem muito devo tanto em nível profissional como pessoal), que é um grande especialista em Espectrometria de Massas, não tem mais do que 20 anos de existência. Em torno da obra giram os seguintes comentários da atual dona (perco a amizade, mas não perco minha ética no que acredito na arte e na ciência. Será um livramento): “trata-se de um quadro que foi feito para uma amante no Uruguai”; “a obra foi comprada num banco da Argentina em leilão”; “a obra é de uma amiga”. Para cada pessoa ela dizia uma coisa. Tudo mentira!

Portinari não tinha amantes como ela sempre diz aos que visitam seu antiquário e eu digo isto porque, com a aprovação para educador do museu que leva seu nome no interior de São Paulo, não cheguei a nenhuma informação oficial, em periódicos, livros ou mesmo entrevistas com pessoas que são especialistas no pintor. E no passado conversei com o filho dele também via Facebook, que me esclareceu e me agradeceu por preservar a imagem do pintor. Preservo mesmo porque é um dos meus preferidos e tive que estudar muito para ser aprovado no concurso. Quem aqui tem a audácia de falar mal de Portinari e difamá-lo, o pintor dos pobres brasileiros, que mais retratou os eventos sociais no nosso Brasil? Quero que alguém me diga qual é o problema de Portinari para, também como educador aprovado em concurso, dizer que ele pintaria para amantes seja no Uruguai seja em qualquer outro lugar, com uma família linda e exemplar? Pois ele era cidadão do mundo (ler Milton Santos), assim como eu tento ser, livre de barreiras políticas e considerando a humanidade uma só. Só não morro de vergonha por ter tentado autenticar um quadro (bonito, por sinal) falso porque agora reconheço meu engano e meu encantamento diante da descoberta. E tenho a humildade de assumir. Se eu fosse do Projeto Portinari trataria de acionar a Polícia Federal para investigar o caso, pois além de Portinari encontrei também quadros falsos de Marc Chagall no início da Avenida Morumbi em São Carlos.

O trabalho em destaque retrata a “mão de lavrador”, mas não passa de um expressionismo exagerado, lambuzado de óleo não dissolvido, não levando em conta as devidas proporções se compararmos com as outras obras que imita. É falso porque (eu não estava no momento em que foi pintado) além de tudo, esconde a gritante necessidade do autor em, não seguindo a técnica habitual de Portinari, imitá-lo; e já o vejo com outros olhos. A imitação não chega a ser uma cópia porque não leva em conta a experiência habitual do pintor, sendo, portanto, uma releitura assinada por alguém que certamente tem o hábito de falsificar. O mérito do artista não está apenas em produzir grandes obras de arte, mas sim de colocar seu “sangue” (linguagem figurada) no que produz. E o que se vê neste contexto é uma obra que com o tempo mudou de cara, depois de ser guardada em locais propícios para incorporar as marcas do tempo, com mofos e defeitos provocados na locomoção, dando algum aspecto de antiguidade, mas que na verdade não passa de uma representação barata que, com olhar atento, qualquer um pode executar.

2024 para mim, no quesito obras de arte, superou todos os outros anos de descobertas e análises. No antiquário em São Carlos também há obras de Marc Chagall falsificadas, penduradas na parede, mas que o Sol não deu conta de mostrar as marcas do tempo. Sem assinatura, algumas obras tendem a parecer originais, mas hoje em dia existem tecnologias capazes, como as que utilizei na USP e que são usadas no Projeto Portinari, de elucidar o engano e trazer à tona a beleza ou a feiúra de determinado artista. Falsificação é crime. Isto porque arte é testemunho espiritual e Portinari já não está aqui entre nós para dizer se foi ele mesmo quem pintou. Ademais, chegando ao fim deste velório, manifesto aqui minha preocupação e atenção quanto à possibilidade de ser ou não original do ponto de vista de outros críticos de arte e digo aos quatro cantos do mundo: é FALSO. Se eu fosse do Projeto Portinari (embora carregue com a aprovação no concurso e me sinta parte deste rol mesmo não tendo vínculo nenhum com o projeto, defendendo a sua memória com unhas e dentes) trataria de acionar a Polícia Federal para recolher a obra e destruí-la. Ou então exposta, como aconteceu numa exposição na Argentina com obras de Portinari já decididamente chanceladas como falsas. Sem mais, reitero aqui meu compromisso em dizer que a constatação não se deu por acaso. Houve um processo de convívio e vivência com o quadro que não corresponde à realidade. Eu o levei, na confiança, para meu quarto e fiquei analisando por mais de um mês o que pretendia o autor. Vivi uma emoção pura e ingênua em acreditar na dona e no contexto em que a obra, antes de mim, passou. Mas não passou de uma ilusão. E assumo meu erro aqui agora publicamente para também ganhar alguma credibilidade na área, embora não tenha muito esta preocupação.




segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Tanhaçu: de “boca de sertão” à “boca do Inferno”

Tanhaçu é uma cidade situada no sudoeste da Bahia, com uma população de 21.006 habitantes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10,14% da população está ocupada, recebendo em média pouco mais de 1 salário mínimo por mês. O município está inteiramente situado no bioma da Caatinga e há uma pequena estação ferroviária, que poderia ser histórica não fosse o descaso e a perda irreversível do potencial turístico do lugar. A área em que a estação ferroviária se localiza separa o Centro da cidade dos demais bairros que não raramente podem ser chamados de pobres e periféricos. Ou seja, a ferrovia corta a cidade e os trens são exclusivamente de carga, transportando minério de ferro e às vezes petróleo, mas não raramente servindo apenas como trajeto de vagões vazios e sem carga. Não se tem conhecimento de que a Vale tenha feito algo em prol da cidade, embora recentemente, no governo de Jair Bolsonaro, tenha sido inaugurada outra rede ferroviária que passa ao lado do distrito de Sussuarana, outro local que merece um estudo mais aprofundado sobre a difícil e inatingível qualidade de vida desejada e prometida por gestores que desconhecem os indicadores de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade – essenciais no monitoramento e solução dos problemas tanto sociais como ambientais. Não basta emoção e boa-vontade! Tem que saber materializar as teorias e para conhecê-las é preciso tempo de estudo.
“Boca de sertão” é um termo muito usado na Geografia para designar localidades que se desenvolvem por conta da instalação de linhas férreas e estações ferroviárias, sobretudo no passado, onde o avanço da franja pioneira inevitavelmente se fez presente, como é o caso de Londrina e Rio Claro, cidades desenvolvidas, mas também com problemas gritantes. Em diversos casos uma coisa está relacionada à outra. Quando fui convidado para cursar doutorado em Geografia Humana na Universidade de São Paulo pelo professor Eduardo Abdo Yázigi, nossa proposta era pensar na viabilidade de uma rede ferroviária para as cidades históricas de Minas Gerais. O trabalho avançou, mas tanto eu como meu colega que estudava Fenômeno dos Transportes no mesmo projeto maior (antigamente não era o aluno quem escolhia o que estudar, mas sim o programa de pós-graduação), optamos por mudar de projeto e de programa devido a diversas razões depois de muito debater o tema e elaborar outras propostas relacionadas. Existe uma definição de sertão que acho bacana na Geografia Humana de Pierre Monbeig, num livro intitulado “O Brasil”, em que ele diz que o que dá a característica de “sertão” é muito mais a questão humana do que física, o mistério das pessoas de determinada localidade, as expressões faciais e as vestimentas, mas o que se vê aqui na expressão das pessoas, principalmente às segundas-feiras é cansaço e desespero. Muita gente me cumprimenta, acho isso legal, pois às vezes nem me lembro de quem fala comigo e numa rápida conversa retorno ao passado da memória.
A área da estação ferroviária de Tanhaçu, atravessando a balaustrada já muito diferente da original que existia, é de acesso restrito – segundo placas que delimitam tanto um como outro lado do perímetro – da Vale. As placas indicam que para estar no local é preciso usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e proíbem o acesso da população, sendo que a construção da estação ferroviária recebeu deprimentes cercas ao redor. Tanto é que num projeto do atual prefeito João Francisco, que incentivou a realização de trabalhos destinados à Lei Aldir Blanc (eu inclusive fui um dos que redigiram uma proposta submetida ao edital, sendo aprovado, mas não levando meu nome porque eu também solicitei ajudar sem fazer parte da equipe), a apresentação não teve mais do que meia dúzia de pessoas participando e o prefeito ficava dando voltas de carro para ver tudo. Hilário não fosse dramático. Tudo ficou muito bonito e profissional nos vídeos publicados no Youtube, com roteiros bonitos e convidativos, mas não passou de uma roupa virtual para o que de fato não aconteceu como nos projetos enviados ao edital. Se a área não é de acesso público, sobretudo com placas indicativas, não entendo como queriam a participação da população. Foram dois os artistas que acompanhei na ocasião: Silver (responsável pela música eletrônica) e Thiago Santana (responsável pela pintura de um mural ao lado da caixa d’água), ambos muito talentosos em suas respectivas áreas.
Um outro fato que não se observa em Tanhaçu é o tombamento como um santo remédio para preservar a história do lugar. Há uma caixa d’água ao lado que corre o risco de cair a qualquer momento, com colunas feitas nos últimos anos como forma de sustentá-la, mas que não representa nem de longe as boas práticas de conservação do patrimônio. Não se pode dizer, diante da falta de consciência e conservação da área, que se trata de um patrimônio de fato. O patrimônio deveria servir como forma de mostrar a situação e dar voz aos subalternizados, tomando aí o emergente conceito recente de “patrimônio-territorial”. A estação ferroviária, a caixa d’água, o calçamento com piche e os depósitos antigos são meros troféus do passado que deixarão de existir em breve. A Carta de Veneza de 1964, que trata da ambiência e da importância de se preservar a área de entorno de certos patrimônios, ainda é desconhecida por aqui e o que se fala nas campanhas eleitorais é de um romantismo sem tamanho. Os antigos galpões que conservavam telhados belíssimos e guardavam parte da memória do lugar também estão sendo postos abaixo para fazer outras construções. É o mercado imobiliário ditando suas regras. De boca de sertão à boca do inferno porque, além disto, não seguiram as recomendações básicas, como o prof. do curso de Arquitetura da USP Nabil Bonduki, de retirar os paralelepípedos para colocar o asfalto, aumentando drasticamente a temperatura das ruas e casas que não possuem ar condicionado e mudando inevitavelmente o microclima local, gerando ilhas de calor e contribuindo mais ainda para o aumento do efeito estufa global.
Além disto, minha decepção vai além: as pessoas são mal-educadas e em vez de enfeitarem a cidade dando vida e cor, a deixam mais feia ainda. Tanhaçu é uma cidade feia! A poluição sonora é diária e incomoda mais do que a feiúra. Tudo bem que o conceito de feio e bonito é relativo. E não estou aqui para julgar relação humana com lugar, topofilia ou topofobia de ninguém, pois há quem se ofenda quando a verdade é dita. Eu também tenho certo sentimento pela cidade porque praticamente fui criado nela e é onde minha família vive, mas fico indignado porque a população sequer reclama, manifestando assim a perda da dignidade e evidenciando as vozes caladas dos que ainda tentam melhorar alguma coisa por aqui, dentro de suas próprias casas. Os problemas de Tanhaçu parecem se resumir à construção de uma barragem que nunca sai e mesmo se sair, não dará conta de resolver os problemas da falta de água do município. Se sair, vai beneficiar apenas produtores rurais e devo mencionar também que a água consumida nas torneiras da cidade é contaminada por poluentes inclusive com potencial cancerígeno, como citei num artigo sobre o Panorama da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil que virou referência num importante guia de gestão no país. Não se sabe se é ingenuidade, romantismo ou ignorância proposital convencer o eleitor a votar apenas por conta da emoção, da mudança, do novo que nunca chegou e nunca vai chegar. A utopia serve para isto. É bonito, é lindo, chega a doer tamanha felicidade, mas devo lhe dizer que, afora os problemas supracitados, nada vai mudar. Vai continuar uma utopia transformar Tanhaçu num polo de desenvolvimento. Centenas de trabalhadores serão demitidos, outras centenas serão contratados e a novela continuará um drama sem fim. Não é uma gestão que fará a mudança. Nem duas. Nem três. Acompanhe o processo histórico e também perceberá que os problemas de Tanhaçu vão além das vagas disponíveis para os eleitores afins, declaradamente do lado de quem vence, ou melhor, da falta de vaga para todo mundo, conforme mostra o IBGE. Ou se tem humildade para considerar o que foi feito no passado para melhorar, ou de nada servirá começar tudo de novo, reinventar a roda. Para quê?
Aqui o povo quer festa com dinheiro público porque é de praxe sentar a uma mesa de bar em grupo e beber até passar mal. Isso se observa muito facilmente todos os dias da semana numa cidade com IDH baixo, como é o caso de Tanhaçu, onde não há nenhum centro cultural, nenhuma proposta de resgate do passado, nenhum clube. E os que existem próximos é preciso ter carro para ir, pois ficam em cidades vizinhas ou também afastados. Ao lado da delegacia da cidade há um palco e um espaço para shows públicos que nunca foi usado. O espaço é até mais interessante do que o fundo da igreja, mas não usar o aparato público e criar toda estrutura para um show de 1 ou 2 dias é uma forma de movimentar muito dinheiro também. Fique atento e desenvolva um olhar crítico quando for discutir as benfeitorias ou esquecimentos na cidade. Tudo isto é refletido também na crescente violência ou sentimento de insegurança em certos bairros. Noutro dia um bêbado me perseguiu e quase me atropelou, me fazendo correr de medo e só depois descobri quem era, pois nunca tinha visto a pessoa na vida. É um dilema sem fim viver aqui e poder enxergar tudo com uma clareza que parece cegar algumas pessoas com suas emoções exacerbadas.
A Lagoa do Governo, outro ponto que estou levantando para redigir artigo científico há alguns anos, e as demais formadas pelo Córrego Cintura Fina (acredito que ninguém saiba onde fica por nome) são verdadeiros esgotos a céu aberto, mas há uma diversidade biológica que ainda luta para sobreviver, servindo inclusive como alimentos pelos que se aventuram a pescar ou caçar nelas. Nascentes foram soterradas para dar lugar a um lixão – também chamado equivocadamente aqui de “aterro”. Por fim, fica meu depoimento sobre uma das cidades mais feias e desgraçadas que eu conheço e que, por sorte ou azar, ainda tenho parentes vivos e devo retornar de vez em quando. Tanhaçu: de “boca de sertão” à “boca do inferno” é também um apelo para que a nova gestão pública municipal leve em conta a sabedoria de contratar apenas pessoas qualificadas para certas funções e não deixe, afora o romantismo e a falta de conhecimento científico, eleitores burros e sem formação decidam pela coletividade de seu curral eleitoral.
Tenho imensa simpatia por alguns políticos, inclusive por Valdemir Gondim (prefeito eleito que deverá tomar posse no dia primeiro de janeiro), por João Francisco e por doutor Jorge Teixeira da Rocha (estes últimos, ex-prefeitos de Tanhaçu). Quando fui picado por uma aranha venenosa na Caatinga e doutor Jorge (que é médico) soube, veio com uma equipe médica me socorrer em casa e talvez por isto não morri na ocasião. Conheço a família inteira de todos os políticos que cito e estes, em maior ou menos grau, fizeram parte de minha infância quando eu morava na rua Francisco Avelino. Não vou enviar currículo para a Prefeitura porque além de não ter votado, como pesquisador independente não devo sair por aí disputando vaga com quem faz parte da equipe formada nas eleições, mas estou à disposição, com projetos de desenvolvimento de alto nível e devo dizer que minha contrapartida não é tão exorbitante assim. Na ocasião da picada de aranha eu disse a doutor Jorge que iria fazer um projeto de doutorado sobre a gestão pública de Tanhaçu (um projeto de doutorado às vezes vale mais do que uma tese pronta) e iria começar analisando o Portal da Transparência – onde os detalhes de quase nada aparece – e que, se ele quisesse saber qual a minha estratégia para alcançar o objetivo geral seria saber com afinco quais contas públicas foram rejeitadas e aprovadas com ressalvas. Que ressalvas afinal são as das contas públicas aprovadas “com ressalva”, como consta em tal Portal nas planilhas? Além disto, não encontrando o que desejo na Internet, posso por Lei recorrer aos documentos e analisar tudo para escrever artigos, livros ou, num caso mais formal, uma tese de doutorado. Pedi naquela época um Rolex original, quando na verdade deveria ter posto um preço na contrapartida, como bem fazem meus colegas que sobrevivem de consultorias. Dinheiro para mim serve para comprar coisas e em vez de dar um preço eu sugeri um produto. Sempre fui bolsista nas melhores universidades do Brasil e não tenho a ambição de acumular grana, mas não me levaram a sério. Em vez de um Rolex, na semana seguinte recebi um relógio de valor ordinário, de aço dourado que nem de longe imita ouro, e que agradeço muito pela boa vontade. Só que não é só isto! O que eu peço a quem trabalho é um pouco de reconhecimento e voz para, com décadas de estudos sistêmicos sobre gestão ambiental, governança pública e meio ambiente colocar em prática o que aprendo diariamente. Abandonei a ideia de estudar Tanhaçu para estudar Paraty: Patrimônio Mundial, tanto pela relevância do tema como pelo fato de que “santo de casa não faz milagres”. Afinal, quem se interessa por Tanhaçu além dos políticos e moradores? Não há trabalhos científicos sobre a gestão municipal aqui. E o pouco destaque que se tem nas pesquisa se dá por conta da comunidade quilombola do Tucum. Há romantismo nisto também? Sim, e muito! A comunidade quilombola do Tucum não representa o que há de mais urgente na cidade de Tanhaçu, tampouco na zona rural como um todo. O meu blog, este mesmo que publico o texto que você está lendo, possui centenas de milhares de acessos de pessoas do mundo inteiro e como hobby (ou tentativa de vender algum trabalho ou ideia – a esperança não morre e minha bolsa de doutorado está chegando ao fim), sem entrar no mérito se gosto ou não de Tanhaçu e de sua gente, reforço mais uma vez: conte comigo se a questão for referente ao meio ambiente e sociedade, inclusive colocando em evidência em eventos internacionais, pois minha rede de contatos e amigos nesta área de atuação é global. No mais, desejo a todos um excelente 2025 e que o entusiasmo dessa nova geração que está chegando, assim como a esperança, não morra! As fotografias abaixo dispensam legendas, mas se precisar na elucidação do que digo e ilustro, pergunte.