O estudo das cavidades naturais, objeto de estudo da Espeleologia, revela-nos a existência de um exuberante, fascinante e misterioso mundo subterrâneo. As cavidades naturais bem compreendidas em sua gênese e evolução, podem nos conduzir a inusitados salões e/ou pequenos sifões que, como num labirinto, sempre aguçam nossa curiosidade e proporcionam desafios desbravadores.
"Boca de caverna", 2012. Foto: Joviniano Netto
As peculiares cristalizações minerais, denominadas "espeleotemas", e os raros e excêntricos habitantes, presentes nesse mundo totalmente afótico, são um atrativo à parte que deve ser apreciado, fotografado e lembrado na memória.
À medida que as “trevas” são desbravadas e desmistificadas no processo do (re)conhecimento – principalmente prático, revelando toda a exuberância da natureza esculpida pela água ao longo de milhões de anos, as cavernas (principalmente calcárias) nos fazem voltar os olhos para nós mesmos.
É preciso conservar as grutas e cavernas do Planeta!
Poço Encantado. Foto: Joviniano Netto
Dentre os efeitos negativos do turismo de massa em cavernas, cabe reconhecer que a poluição visual mais comum é a causada por tudo aquilo que é deixado dentro das cavernas, e que não faz parte do ecossistema. Todavia, esses fatos são passíveis de serem eliminados por meio de boa manutenção, sensibilização ambiental por meio de palestras e por fim, com a conscientização do visitante. Quanto menor for o impacto dentro das cavernas e no seu entorno, melhor para a conservação.
As depredações deixam cicatrizes irreparáveis, pois são fruto de dilapidações de partes dos espeleotemas. E a questão que se impõem atualmente é: "qual seria a melhor forma de evitar os impactos provocados pelas ações antrópicas nas cavernas, enquanto os investimentos nessa área do Turismo não acontecem, já que a conscientização e a mudança de valores podem demorar para ocorrer?".