domingo, 6 de julho de 2025

Floresta Nacional Contendas do Sincorá: possibilidades de usos sustentáveis

Floresta Nacional Contendas do Sincorá: possibilidades de usos sustentáveis

 

R E S U M O

 

O presente artigo aborda as principais características da Floresta Nacional Contendas do Sincorá, situada no sudoeste da Bahia, mostrando o potencial para o desenvolvimento de atividades ligadas ao desenvolvimento sustentável como, por exemplo, o ecoturismo e a educação ambiental. A pesquisa, caracterizada como exploratória, aponta a necessidade da população de conhecer a unidade de conservação e os conceitos ligados à prática do turismo e da sensibilização ambiental. Sabe-se que são múltiplas as formas de percepção e interpretação de uma área natural visitada, sendo que por meio desses mecanismos é possível atribuir distintos valores para o bioma e potencializar a importância da região em que se insere. Assim, são tratados os aspectos legais e descritivos da unidade de conservação, bem como sua potencialidade de desenvolvimento.

 

Palavras-chave: Floresta Nacional Contendas do Sincorá, ecoturismo, educação ambiental.

 

A B S T R A C T

 

This article discusses the main characteristics of the Contendas do Sincorá National Forest, located in southwest Bahia, showing the potential for the development of activities related to sustainable development, such as ecotourism and environmental education. The research, characterized as exploratory, points out the population’s need to know the conservation unit and the concepts related to the practice of tourism and environmental awareness. It is known that there are multiple ways of perceiving and interpreting a visited natural área, and through these mechanisms it is possible to assign different values to the biome and enhance the importance of the region in which it operates. Thus, the legal and descriptive aspects of the conservation unit are treated, as well as its potential for development.

 

 


 

1.    Introdução 

 

A Floresta Nacional Contendas do Sincorá é uma unidade de conservação brasileira situada no município de Contendas do Sincorá, limite com o município de Tanhaçu, na região sudoeste da Bahia. Criada por decreto presidencial s/n, de 21 de setembro de 1999 (Brasil, 1999a), a área oficial possui 11.034,34 hectares e é em sua totalidade formada pela savana-estépica do bioma Caatinga (IBAMA, 2006; IS, 2020), constituindo-se numa das maiores reservas deste tipo no Brasil. De acordo com o mencionado decreto, o objetivo da criação desta unidade de conservação é promover o manejo de múltiplos usos, de maneira sustentável, dos recursos naturais renováveis, recuperando as áreas degradadas, protegendo os recursos hídricos e a biodiversidade, além de estimular a prática da educação ambiental e manter amostras do bioma caatinga, apoiando o desenvolvimento sustentável das áreas limítrofes (Brasil, 1999a).

Neste sentido, cabe ressaltar que a Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o artigo 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal de 1988, instituindo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, estabelece em seu Art. 17 que a Floresta Nacional é uma área constituída por cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, tendo como objetivo básico o uso sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, sempre por meio de métodos voltados para a exploração sustentável de florestas nativas (Brasil, 2000).

A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e ocupa uma área de aproximadamente 844.453 quilômetros quadrados. Engloba os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e norte de Minas Gerais, correspondendo a 11% do território nacional. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2020), o bioma possui rica biodiversidade, abrigando cerca de 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 espécies de répteis, 79 de anfíbios, 241 de peixes e 221 tipos de abelhas. Entretanto, é um ecossistema que corre sérios riscos de extinção devido às diversas atividades antrópicas insustentáveis que acontecem em alguns territórios.

Vários setores da economia nordestina são baseados na extração dos recursos naturais da caatinga como, por exemplo, o setor energético. Este é baseado na extração de lenha e carvão, correspondendo a 30% de sua matriz energética (MMA, 2010). Como marcas do passado, verificam-se na Floresta Nacional Contendas do Sincorá dezenas de fornos destinados a esta produção, construídos tanto de maneira ilegal como legal, quando no início da década de 1990 foram dadas as primeiras autorizações para a exploração de lenha e carvão na região. Além destas atividades predatórias, é preciso considerar a vasta gama de serviços ecossistêmicos ligados à produção de alimentos, incluindo os coletados, regulação climática, recursos hídricos e não menos interessante, as belezas cênicas das paisagens naturais e culturais, apontando a potencialidade para atividades de turismo.

A Floresta Nacional Contendas do Sincorá abriga mais de 100 espécies de aves, algumas endêmicas do bioma correspondente, sendo resultado do processo de adaptação, dezenas de mamíferos – incluindo onças-pardas e veados – raros de serem observados na vida selvagem. A flora local é extremamente rica, sendo encontradas espécies de plantas medicinais que são comuns nos usos pela população das comunidades locais (Silva et al., 2012), mas que, no entanto, ainda não são estudadas cientificamente de maneira sistêmica, haja vista a pequena quantidade de artigos científicos publicados em periódicos e livros, indicando uma lacuna que necessita ser preenchida por estudos nas universidades e centros de pesquisa, contemplando a interdisciplinaridade que uma unidade de conservação federal representa.

Tudo isso, amparado inclusive pela Proposta de Emenda à Constituição n. 51, de 2003, reconhece a caatinga (e o cerrado) como biomas merecedores da chancela de patrimônio nacional, assegurando mais ainda a necessidade de se conservar os recursos naturais e usá-los de maneira sustentável (Brasil, 2003). Ademais, cabe ressaltar que a região de entorno da área estudada encontra-se historicamente fragmentada por práticas ligadas ao desmatamento, atividades madeireiras e pastagens, necessitando que sejam estimulados o manejo adequado e a incorporação de atividades sustentáveis como estratégia de desenvolvimento e possível forma de geração de renda para os habitantes locais.

O patrimônio da caatinga, entendido como o conjunto dos elementos da biodiversidade, estruturas geológicas, paisagens naturais e culturais, é único em todo o mundo, não se repetindo em nenhum outro país. Sua vegetação típica é espinhosa e seca devido à falta de chuvas durante a maior parte do ano, mas se renova sempre no período de chuvas, devolvendo às plantas as folhagens, que voltam a brotar, e transformando a paisagem, que fica mais verde.

 

2.    Material e Métodos

 

A pesquisa que deu origem a este artigo caracteriza-se como exploratória, buscando fornecer subsídios úteis e confiáveis para tratar de uma questão relativamente nova e pouco estudada, como é o caso da Floresta Nacional Contendas do Sincorá, no sudoeste da Bahia. Segundo Marconi & Lakatos (2002), a ideia deste tipo de pesquisa é pautada na formulação de questões sobre determinado assunto e busca familiarizar o pesquisador com o ambiente pesquisado, modificando ou clarificando conceitos que, em última instância, podem levar ao desenvolvimento de hipóteses.

Isso possibilita também, no decorrer da pesquisa, que sejam acrescentadas considerações sobre diversos aspectos relacionados ao objeto de estudo (no caso, a unidade de conservação e seus usos sustentáveis), podendo surgir tanto descrições qualitativas como quantitativas. A pesquisa exploratória possibilita flexibilidade em seu planejamento, desde o início, sendo que sua caracterização se dá tanto por pesquisa bibliográfica como por estudos de caso (Gil, 1996).

Dessa maneira, inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico sobre o estado da arte relacionado aos trabalhos desenvolvidos na Floresta Nacional Contendas do Sincorá, com todos os resultados de pesquisas científicas publicados em periódicos, anais de eventos e livros disponíveis em bases de dados na Internet, identificando os temas e as características da flora e fauna locais, além de outros atributos que sirvam para a caracterização do local de estudo e sua área de entorno. Por meio de revisão bibliográfica buscou-se conhecer a legislação e tecer considerações sobre os aspectos legais e normativos da Floresta Nacional, avaliando as possíveis atividades que se enquadram como sustentáveis, no intuito de sugerir que sua prática seja estimulada, como é o caso do ecoturismo e da educação ambiental.

Por se tratar de uma unidade de conservação federal relativamente nova, buscou-se por meio da aplicação de um questionário simples, composto por apenas cinco questões, verificar se parte da população do município de Tanhaçu e área de entorno da Floresta Nacional Contendas do Sincorá tinha conhecimento sobre a existência da unidade de conservação e, em casos positivos, se sabia do que se trata a tipologia. Além disto, foi perguntado também se a pessoa tinha conhecimento sobre o que é ecoturismo e educação ambiental. Isto porque as informações são tidas como fundamentais para a construção do conhecimento, podendo auxiliar em possíveis demandas para novos projetos científicos e práticas de educação para a sustentabilidade voltadas para grupos específicos como, por exemplo, estudantes, moradores e visitantes. O questionário foi aplicado a 200 pessoas e as perguntas foram feitas no período de abril de 2019 a março de 2020, sempre às segundas-feiras, por ser o dia em que acontece a feira livre no centro do município e pela facilidade de se encontrar mais pessoas oriundas tanto das zonas rurais como urbanas disponíveis para responderem o questionário. As perguntas foram as seguintes:

1)      Você sabe que existe uma unidade de conservação federal que protege a caatinga no município de Contendas do Sincorá, na divisa com o município de Tanhaçu?;

2)      Você sabe o que é uma Floresta Nacional?;

3)      Você sabe o que é ecoturismo?;

4)      Você sabe o que é educação ambiental?;

5)      Você acha que é necessário que a população conheça sobre a existência da Floresta Nacional Contendas do Sincorá e sobre atividades ligadas ao ecoturismo e à educação ambiental?

Além disto, foram feitas diversas visitas in locoà Floresta Nacional Contendas do Sincorá e seu entorno no intuito de identificar a biodiversidade descrita em algumas produções científicas encontradas, realizar inventário fotográfico e documentar as observações para posteriores consultas. As análises subsequentes exploram possibilidades, dentro do que é estabelecido por legislação específica, de usos sustentáveis da Floresta Nacional Contendas do Sincorá, bem como de sua área de entorno.

 

3.    Resultados e Discussão

 

Das duzentas pessoas que aceitaram responder às perguntas do questionário apenas vinte e cinco disseram saber da existência da Floresta Nacional Contendas do Sincorá (pergunta 1). Do total dos entrevistados, oito pessoas disseram saber o que significa a tipologia “Floresta Nacional”, sendo que a grande maioria (192 pessoas) desconhecia o termo (pergunta 2). Quarenta e quatro pessoas disseram que sabiam o que é ecoturismo (pergunta 3). No que se refere à educação ambiental (pergunta 4), oitenta e uma pessoas disseram que sabem o que é, mas a maior parte delas concluía dizendo que educação ambiental é “não jogar lixo no chão” e “não poluir os rios”. Afora isso, todas as pessoas entrevistadas disseram que é importante que se conheça a unidade de conservação e os conceitos de ecoturismo e educação ambiental (pergunta 5), sendo que a maior parte complementava dizendo que gostaria muito de conhecer a unidade de conservação. Isso demonstra a necessidade de incluir estes temas em pautas de estudos e pesquisas locais e regionais, além da necessidade de se divulgar o que está por trás da criação da unidade de conservação, das possíveis atividades sustentáveis e da educação ambiental, incluindo o arcabouço jurídico e as possibilidades de transformações sociais e políticas.

Historicamente, a área da Floresta Nacional Contendas do Sincorá foi comprada em 1981 pela empresa Magnesita S. A., especializada em exploração mineral (principalmente o magnésio) e fundada no município de Brumado, Bahia, a cerca de 90 quilômetros da sede da unidade de conservação. Antigamente a área se chamava Fazenda extrema e foi adquirida para extração de carvão por meio de um plano de manejo, buscando suprir suas necessidades. Na década seguinte o plano de manejo foi aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA, e em 1994 a área foi vendida para a Siderúrgica Itaminas S. A., mantendo a mesma função de exploração carvoeira até o ano de 1997, quando as autorizações tiveram fim. Após este período, a Itaminas S. A. negociou com o IBAMA a troca da Fazenda Extrema por Créditos de Reposição Florestal, sendo a área então, cumpridos os trâmites legais e o reconhecimento da importância ecológica, transferida do domínio particular para o público e transformada, em 29 de setembro de 1999, na atual Floresta Nacional Contendas do Sincorá (IBAMA, 2006).

A origem do nome da Floresta Nacional Contendas do Sincorá se deve ao fato de se encontrar inteiramente no município de Contendas do Sincorá, cuja população estimada é de 4.066 habitantes (IBGE, 2020). A propriedade da Floresta Nacional encontra-se regularizada e registrada em nome do IBAMA no Cartório de Registros de Imóveis de Ituaçu, Bahia, no livro 67, folhas 155 a 157, de 29 de março de 1999. É uma área típica do bioma caatinga.

O vocábulo “caatinga” deriva do tupi-guarani e significa “mata branca” (FJN, 2019). Isto porque sua vegetação possui cor clara e acinzentada quando perde as folhas. De acordo com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE, 2017), o bioma localiza-se entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio, dispondo de intensa e abundante luminosidade em seu território durante todo o ano, possuindo baixa umidade e um volume pluviométrico com precipitação média anual igual ou inferior a 800 milímetros. As estações do ano são bem definidas, marcadas por longo período de estiagem e curto período de chuvas concentradas em poucos meses, caracterizando o clima semiárido. A disponibilidade de água na caatinga varia tanto no tempo como no espaço, sendo um recurso limitante e limitador para o desenvolvimento de atividades humanas. Isto se dá por cinco causas principais: 1) o sistema de formação das chuvas é complexo, com frentes que partem de vários quadrantes e perdem força quando adentram o núcleo do semiárido. A consequência disto é que as chuvas ocorrem de maneira errática e concentradas em poucos meses, alternando irregularmente entre anos chuvosos e anos com secas; 2) disposição orográfica composta por chapadas e serras mais altas que interceptam frentes úmidas e recebem mais chuvas do que o entorno. Isto cria zonas pouco chuvosas a sotavento; 3) o escoamento das águas deixa as encostas mais secas e se concentra em vales, formando lagoas e rios temporários que duram algumas semanas ou meses após o fim das chuvas; 4) as texturas e profundidades do solo são diversas, variando em maior ou menor capacidade de retenção das águas pluviais; e 5) grande parte dos rios são intermitentes e de planalto. Ou seja, os corpos d’água secam em determinados períodos do ano, sendo formados apenas nos períodos chuvosos.

Segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC, 2000), aproximadamente 70% do Nordeste é formado por rochas cristalinas e 30% por rochas sedimentares, não havendo ampla possibilidade de reservas hídricas subterrâneas. Entretanto, existem áreas com formações sedimentares que podem acumular água subterrânea. Apesar de grande parte da água subterrânea da caatinga apresentar alto teor de salinidade, sua importância é enorme do ponto de vista social, pois atende às demandas de famílias que vivem no semiárido, voltada tanto para o consumo animal e humano como para a produção de lavouras, constituindo-se num recurso estratégico para o desenvolvimento das regiões.

No que se referem aos aspectos pedológicos da caatinga, cabe ressaltar que sua área apresenta uma grande variabilidade de solos. Isto ocorre devido aos efeitos diferenciais de erosões, verificando-se a presença de muitos lajedos e áreas recobertas de pedregulhos e rochas. Em solos com profundidades menores do que 1 metro a água retida pelas chuvas é o suficiente para as necessidades das plantas por poucas semanas. Quando esgota o estoque, com a falta de chuvas, é dado início a um período de deficiência de água. Em solos mais profundos esse estoque pode durar meses, mas é comum que também se esgote no decorrer do ano.

A Floresta Nacional Contendas do Sincorá situa-se na bacia hidrográfica do Rio de Contas e é constituída por dois córregos temporários principais que só recebem água em períodos chuvosos, sendo que suas nascentes estão localizadas na Serra da Cabeça Inchada, próxima à Floresta Nacional. Nos limites da unidade de conservação, os únicos corpos d’água existentes são duas pequenas lagoas artificiais responsáveis pelo acúmulo hídrico que servem para o uso dos animais em períodos de seca, quando também não secam devido às estiagens prolongadas. O abastecimento da sede da unidade de conservação é feito com a água retirada de um poço por meio de bomba (IBAMA, 2006).

A zona de amortecimento da Floresta Nacional Contendas do Sincorá é caracterizada pela presença de elevação expressiva do relevo ao leste, denominada Serra das Grotas, estendendo-se paralelamente à rodovia BA 142. A elevação abrupta possibilita o desenvolvimento de bromélias e cactos que vão diminuindo na medida em que encontram imensos paredões rochosos. A serra possui difícil acesso e a flora característica é semelhante à encontrada dentro da unidade de conservação. Ao sul da zona de amortecimento encontram-se grandes pastagens em terrenos pouco ondulados, que vão perdendo a característica típica da flora e o esplendor da caatinga. A oeste da Floresta Nacional são encontradas espécies de plantas do cerrado, configurando-se numa zona de transição (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 2006). Cabe destacar que uma zona de amortecimento (ou zona tampão) é a área estabelecida ao redor da unidade de conservação, regulamentada pelo art. 2º, inciso XVIII da Lei 9.985/2000, e tem como objetivo principal filtrar os impactos negativos advindos de atividades antrópicas, evitando sua fragmentação (Brasil, 2000).

Todas essas características mencionadas contribuem para a formação de uma diversidade biológica muito peculiar, adaptada às mudanças decorrentes da ausência de água, apresentando diversas espécies endêmicas. Isto, por sua vez, enriquece ainda mais o patrimônio genético e biológico do bioma. As espécies típicas da caatinga, incluindo a variedade de animais silvestres, possuem funções na manutenção do ecossistema, evidenciando a relação entre plantas e animais que, ao se alimentarem dos frutos típicos, espalham suas sementes num processo de dispersão e regeneração da flora.

Outra característica relacional importante entre os animais e plantas da caatinga diz respeito à polinização (Leal et al., 2005). Vários animais carregam o pólen de uma flor para outra e auxiliam na variabilidade genética e produção de frutos do bioma, a exemplo das abelhas nativas como jataí (Tetragonisca angustula), uruçu-nordestina (Melipona scutellaris), arapuá (Trigona spinipes), mandaçaia (Melipona quadrifasciata), dentre outras; os morcegos, aves, alguns lagartos como o teiú (tanto os do gênero Tupinambis como do gênero Salvator) e o bico doce (Ameiva ameiva).

A área da Floresta Nacional Contendas do Sincorá apresenta uma vegetação homogênea coberta por espécies arbustivas e arbóreas da caatinga, alcançando árvores com mais de 6 metros de altura e variando a diversidade ao longo das matas ciliares. As plantas normalmente possuem espinhos e armazenam água em suas raízes e caules, caracterizadas por diversas cactáceas como, por exemplo, mandadaru (Cereus jamacaru), nativo do Brasil e disseminado no semiárido nordestino, cabeça-de-frade (Melocactus bahiensis), cacto típico da caatinga, diversas bromélias como as Encholirium sp.Neoglasiovia variegataTilandsia usnoides, palmeiras de baixo porte como o licuri (Syagrus coronata) e árvores como o umbuzeiro (Spondias tuberosa L.), conhecido também por ser a árvore símbolo do Estado da Bahia, aroeira (Myracrodruon urundeuva), baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), araticum (Annona cf. glabra L.), pau d’arco (Tabebuia impetiginosa Standl.), sete-cascas (Tabebuia spongiosa), caraíba-branca (Cordia glabata), canjoão (Cassia excelsa Schrad.), coração-de-negro (Peltogyne confertiflora), folha-miúda (Caesalpina sp.), pata-de-vaca (Bauhinia sp.), itapicuru (Goniorrhachis marginata Taub.), pau-de-colher (Maytenus rigida Mart.), madeira-de-curral (Terminalia fragifolia Mart. Et Zucc), alho-do-mato (Sesbania sp.), carrancudo (Poecilanthe sp.), jurema (Mimosa sp.), cagaita (Eugenia dysenterica DC.), guariroba (Eugenia sp.), farinha-seca (Pisonia tomentosa), sucupira (Pterodon abruptus Benth), juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), cruzeiro (Chomelia sp.), limãozinho (Fagara sp.), chumbinho (Cardiospermum sp.), açoita-cavalo (Luthea paniculata Mart.), dentre outras espécies com alto potencial químico e medicinal (IBAMA, 2006; Silva Netto, 2020).

De forma semelhante, analisando o plano de manejo da Floresta Nacional Contendas do Sincorá e a partir de relatos de pessoas que vivem na região, verifica-se a existência de ampla fauna caracterizada pela presença de mamíferos, diversas aves, anfíbios e artrópodes. Entre as espécies de animais encontradas na unidade de conservação podem ser citados: saruê (Didelphis sp.), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), morcegos (Carollia perspicillata), sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), sagui-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), gambá (Conepatus semistriatus), suçuarana (Puma concolor), gato-do-mato (Leopardus sp.), veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), preá (Cavia sp.), cutia (Dasyprocta sp.), tapiti (Sylvilagus brasiliensis), perdiz (Rhynchotus rufescens), urubu-rei (Sarcoramphus papa), gavião-carijó (Ruphornis magnirostris), carcará (Polyborus plancus), acauã (Herpetotheres cachinnans), garça-branca (Egreta alba), garça-vaqueira (Bubulcus ibis), seriema (Cariama cristata), quero-quero (Vanellus chilensis), jaçanã (Jacana jacana), asa-branca (Columba picazuro), coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia), suindara (Tyto furcata), anu-preto (Crotophaga ani), anu-branco (Guira guira), joão-bobo (Nystalus maculates), beija-flor-verde (Colibri serrirostris), beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), beija-flor-de-veste-preta (Antracothorax nigricollis), besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon aureoventris), arapaçu (Dentrocolaptidae), joão-de-barro (Furnarius rufus), bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae), chorró (Taraba major), lavadeira (Fluvicola nengeta), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), viuvinha (Xolmis irupero), risadinha (Camptostoma obsoletun), gibão-de-couro (Hirundinea ferriginea), andorinha-de-rio (Tachycinetea albiventris), cancã (Cyanocorax cyanopogon), corruíra (Troglodytes aedon), sabiá-do-campo (Mimus saturninus), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), verdinho-coroado (Hylophilus poicilotis), corrupião (Icterus icterus), garibaldi (Agelaius ruficapillus), pássaro-preto (Gnorimopsar chopi), sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca), saíra-amarela (Tangara cayana), pipira-preta (Tachyphonus rufus), cambacica (Coereba flaveola), azulão (Passerina brissonii), tico-tico (Zonotrichia capensis), coleira (Sporophila albogularis), chorão (Sporophila leucoptera), canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana), tico-tico-rei-cinza (Coryphospingus pileatus), periquito-da-caatinga (Eupsittula cactorum), dentre outros (IBAMA, 2006).

Muitos animais podem ser observados à distância, sendo que a imensa variedade de aves e pássaros aponta o potencial da Floresta Nacional Contendas do Sincorá para o desenvolvimento de atividades ligadas à ornitologia, incluindo observação e registros fotográficos. Além disto, estas características aliadas às paisagens do local constituem por si só em possíveis atrativos para a prática do ecoturismo e da educação ambiental num bioma ainda pouco conhecido. 

O contato com a natureza tem sido uma das grandes motivações de viagens entre as pessoas. O que contribui para isto é o aumento da expectativa de vida, a busca por ambientes preservados e/ou exóticos, as melhores situações econômicas, o aumento de tempo livre e as menores barreiras para que isto aconteça. Entretanto, a atividade turística realizada sem planejamento pode provocar crescente e constante pressão sobre os espaços naturais usados para tal, incluindo o patrimônio natural, histórico e cultural de uma dada região. Segundo Hanai & Silva Netto (2006), interesses e princípios são implícitos em todas as definições de ecoturismo, sendo que o verdadeiro ecoturismo só é possível quando são reunidos elementos de compromisso e conservação da natureza, preservação de costumes e hábitos da comunidade receptora, valorização das culturas tradicionais, percepção e interpretação do ambiente visitado, prática de educação ambiental e formação de consciência ambientalista, além da responsabilidade social. Quando esses elementos estão presentes no ecoturismo é possível que os benefícios socioeconômicos sejam alcançados, proporcionando o bem-estar dos envolvidos com a atividade.

O ecoturismo possui grande potencial no Brasil e a Floresta Nacional Contendas do Sincorá, como visto anteriormente, apresenta possibilidades não apenas econômicas, como também geradoras de melhoria da qualidade de vida para as comunidades de entorno e o desenvolvimento de consciência ambiental como um todo. As atividades precisam ocorrer de maneira planejada e organizada pois, caso contrário, pode prejudicar os recursos sobre os quais se fundamentam, correndo o risco de não abranger os objetivos pressupostos, mostrando-se ineficiente para o que foi concebido em essência: se desenvolver sustentavelmente. É interessante, neste contexto, a existência de programas para capacitação de pessoas das comunidades locais para serem guias turísticos e possíveis multiplicadores das práticas de percepção e interpretação ambientais, bem como da educação ambiental. As maneiras de perceber e interpretar um ambiente natural visitado são múltiplas. Por meio da percepção e interpretação ambientais é possível atribuir importâncias e valores diferenciados para a unidade de conservação em questão, ressaltando a importância da caatinga como patrimônio brasileiro inestimável e de rara beleza.

Como atividade consciente, o ecoturismo é uma forma de proporcionar a percepção e consequentemente, a interpretação ambiental dos espaços visitados pelas pessoas que buscam natureza preservada como destino de suas viagens. A percepção é um pré-requisito básico para alcançar distintos níveis de conscientização ambiental, sendo que, agindo lado a lado com os conhecimentos científicos e populares, os elementos mostram alto potencial para que seja promovida a efetiva conservação da natureza. Assim, a interpretação ambiental que surge a partir da percepção é considerada um determinante fator no nível de consciência dos turistas, podendo, em vários níveis de intensidade, expandir as oportunidades da experiência e reduzir os impactos negativos ou até mesmo evitá-los (Hanai & Silva Netto, 2006).

O ecoturismo pode ocorrer de maneira harmônica com a preservação da natureza, sendo que os impactos da visitação, sob o ponto de vista físico, devem ser estudados de maneira profunda pelos gestores não no intuito de inviabilizar as atividades de turismo, mas para que os efeitos negativos sejam minimizados e/ou evitados, promovendo a atividade desejável e sustentável. Cabe salientar que a não existência de infraestrutura e programas de visitação faz com que o visitante desvalorize o aproveitamento e a apreciação do local visitado. O turismo bem planejado possibilita a ocorrência de sensibilização e conscientização ambientais, além de uma melhor experiência de visitação na natureza. Desta maneira, um adequado projeto de visitação à Floresta Nacional Contendas do Sincorá e a existência de instalações ecoturísticas voltadas para o turismo na natureza podem promover sua conservação e valorização do patrimônio natural e cultural da região em que a floresta se insere.

As chamadas “instalações ecoturísticas” (incluindo trilhas, placas interpretativas, mirantes e centro de visitação) são meios para que os visitantes tenham a compreensão do local, conhecendo suas características principais e sua natureza, permitindo notar que a visita é uma experiência fora do usual e uma oportunidade interessante para aprender e valorizar o ecossistema. Quando uma instalação ecoturística é corretamente projetada, pode transformar-se numa janela que auxilia no despertar do visitante para o mundo natural. Além disto, possibilitam promover a percepção e interpretação ambientais, sensibilizando e conscientizando, além de influenciar no comportamento das pessoas, minimizando os impactos físicos e melhorando a potencialidade da visita (Hanai & Silva Netto, 2006).

São diversas as formas de perceber e interpretar um ambiente natural como a Floresta Nacional Contendas do Sincorá. De acordo com Soulé (1997), toda pessoa possui uma forma única de ver o ambiente fundamentada por educação e temperamento. O comportamento das pessoas diante da natureza muda constantemente, sendo que as respostas de suas experiências são tão distintas quanto suas personalidades. Algumas experiências deixam lembranças vívidas, podendo amalgamar o ser humano com a natureza, estabelecer fortes vínculos e transformar as atitudes (Hanai & Silva Netto, 2006).

A percepção e a interpretação ambientais são fundamentais para despertar a sensibilização dos indivíduos em relação às realidades ambientais, propiciando diferentes patamares de conscientização sobre o meio ambiente e estimulando ações referentes à conservação da natureza. Quando bem planejada, a visitação possibilita às pessoas um contato direto com os recursos conservados, sendo que a experiência pode propiciar o processo inicial necessário para a percepção, interpretação e educação ambientais, reduzindo o impacto negativo sobre a área visitada.

A educação ambiental, por sua vez, é um processo que envolve educação política e proporciona a aquisição de faculdades e conhecimentos capazes de gerar atitudes e ações na busca diária pela cidadania. É também uma ideologia muito simples e clara, pois tem como base uma série de ideias que buscam a melhoria da qualidade de vida, o equilíbrio dos ecossistemas e o desenvolvimento sustentável. Leva em conta a questão da integralidade do ser humano no panorama da ética e exige reflexões e atitudes sobre as desigualdades sociais, incluindo a pobreza, a exclusão aos bens e serviços, bem como as relações de consumo que possuem reflexos diretos nas relações humanas com a natureza (Pelicioni, 2004).

Aprovada em 1999 e regulamentada em 2002, a Política Nacional de Educação Ambiental estabelece no artigo 4º seus princípios básicos: I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – a concepção de meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III – o plurarismo de ideias e concepções pedagógicas,  na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII – a abordagem articulada das questões ambientais, locais, regionais, nacionais e globais; VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural (Brasil, 1999b).

É preciso, por meio da prática da educação ambiental, apreender e refletir sobre o bioma da caatinga e toda a sua cultura envolvida. O compromisso político com o desenvolvimento sustentável possui como princípio a utopia de uma sociedade que tem como base a justiça e o direito à vida digna, não apenas da vida humana, mas de todas as formas de vida (Freire, 2001), promovendo a cidadania e a conservação dos ecossistemas. Ao contrário do que muitos possam achar, a caatinga – mesmo sem cursos d’água permanentes – representa um enorme potencial para o ecoturismo devido à biodiversidade e beleza cênica. Para se ter uma ideia, de acordo com Fernandes et al. (2019), a caatinga possui quase duas vezes mais espécies por área do que a Amazônia. Em outras palavras, é preciso reconsiderar a ideia de que a “mata branca” e o clima semiárido não possibilitam uma riqueza faunística e florística de rara beleza.

 

4.    Conclusão

 

Ainda são poucos os estudos desenvolvidos na Floresta Nacional Contendas do Sincorá, apontando a necessidade de estudantes e pesquisadores despertarem o interesse pelas investigações sobre os diversos elementos que compõem tanto o ecossistema como os aspectos culturais das comunidades próximas a ela. A pesquisa realizada com parte da população demonstra o desconhecimento sobre a existência da unidade de conservação, bem como das características intrínsecas a ela e aos tipos de ações que podem ser desenvolvidas em seu âmbito. Assim, verifica-se que a unidade de conservação possui grande potencial para o desenvolvimento de atividades ligadas ao desenvolvimento sustentável, abrangendo centenas de espécies típicas de fauna e flora da caatinga, bioma exclusivamente brasileiro que corre sérios riscos de extinção.

Dentre as atividades sustentáveis que podem ser desenvolvidas na Floresta Nacional Contendas do Sincorá destacam-se o ecoturismo e a educação ambiental, mas para que isso aconteça é necessário criar infraestrutura adequada e mecanismos voltados para este tipo de atividade, valorizando a cultura e o meio ambiente. É fundamental que surjam propostas voltadas, tanto no âmbito público como privado, para o conhecimento da população sobre a importância de se proteger um bioma tão raro e pouco preservado. Apenas com o conhecimento e sensibilização das pessoas pode ser dado o primeiro passo para iniciativas que sirvam, de fato, para sua valorização e, sobretudo, para a reafirmação dos valores associados à cultura regional e à natureza local.

 

5.    Agradecimentos

 

Agradeço a todas as pessoas que se prontificaram a responder o questionário, sempre mostrando entusiasmo para as questões relacionadas ao bioma da caatinga.

 

6.    Referências

 

BRASIL. (1999a). Decreto s/n, de 21 de setembro de 1999, que cria a Floresta Nacional Contendas do Sincorá, no estado da Bahia, com o objetivo de promover o manejo de uso múltiplo e de forma sustentável dos recursos naturais renováveis. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=103659>. Acessado em: 5/7/2025..

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